Hoje parei pra pensar que o ano já está acabando, e ufa, quantas coisas aconteceram esse ano.

Estranhamente,um ano que escrevi menos, acho que fui guardando as histórias pra mim, mas quem sabe eu possa escrever sobre elas em breve. Por enquanto só posso dizer do que está acontecendo.

Sabe quando uma jabuticabeira começa a produzir e você só se dá conta quando ela está quase toda pretinha?! Ou a sensação de achar a primeira flor daquela plantinha que você cuidou desde que chegou?!

Hoje estou me sentindo assim, crescendo. De repente olhei pra trás e vi todo o caminho percorrido pra chegar até aqui. Entendi que a semente morreu, mas surgiu a planta. 

No chão de semente, é dessa forma que acontecem as coisas, primeiro a morte depois a vida. E não que esteja tudo perfeito, é preciso podar a jabuticabeira, cuidar da flor, aperfeiçoar a caminhada. Contudo, continuo sorrindo, sabendo que há muito mais do que posso imaginar e que nunca vou estar sozinha nessa jornada.

Pois sem mim, nada podeis fazer. Jo 15.5

Embaixo das telhas de barro, das luzes artificiais, as caixas de metal.

Hipnotizantes, com luz e gente, todos os amigos do mundo a um clique.

Nos bolsos guardados o universo todo, pra diminuir qualquer esforço.

São horas, dias e vidas conectadas numa conexão de não se encontrar.

Os risos são letras, os abraços não se sentem, tudo é imagem nada é semelhança.

Há espaço pra discurso, poesia e política. E muita opinião pra pouco assunto.

Acima das telhas de barro, tem céu e nuvem, e no escuro dá pra ver estrelas.

Longe das caixas de metal há vida, gente pra ver e gargalhada pra dar.

Se conectando com o mundo, visitar o velho amigo e conhecendo novos.

Aproveitar a luz natural, as nuvens e o vento. Aquecer coração, encher os olhos.

A música dos passos na rua, a novidade que a tecnologia não pode comprar.

Vivendo mais na realidade, mesmo que não seja bonita. 

E que seja cada vez mais, vida.

Vem jogando tudo pra fora... abre os meus olhos agora.

Entre a teoria e a prática

Do que adianta encher a cabeça de conhecimento se não vira atitude?!

Essa foi a pergunta que ouvi há umas duas semanas atrás e ficou martelando na minha cabeça. Uma coisa que aprendi é que toda forma de conhecimento é válida, mas claro que é preciso apenas reter o que é bom. Diante dessa pergunta comecei a avaliar a minha vida, o discurso e o que realmente tem sido verdade. E olhando no espelho vi um protótipo de fariseu do século XXI, que sabe muito na teoria, mas que precisa melhorar na prática. Entre a vergonha de estar assim e as perguntas que rodeavam minha cabeça numa tempestade, vi no olho do furacão a Graça. Então percebi que não importa o quanto eu saiba, quanto seja teoria ou prática, eu preciso desse amor mais louco do mundo. A teoria vem da necessidade de saber qual o sentido, o caminho e a prática é andar por ele.

A prática só vem do relacionamento íntimo com Jesus, da morte pra mim e vida pra Ele. Quanto mais conheço, mais amo, ando junto e me pareço com Ele . 

Outra coisa que aprendi essa semana é que entre a teoria e prática não depende só das minhas forças,  por mais que alguém se esforce é muito. São mais que boas ações, e mesmo que fosse, todo mundo cansa. Esse amor que Ele ensina é difícil mesmo, mas a vida d'Ele em mim que faz toda diferença. A teoria, a prática e todo mais não vai fluir só por mim, é o poder de Jesus em mim, através do Espírito Santo e só.