Qual o tamanho de uma nuvem? Me perguntei tanto, perguntei aos outros e ainda não me disseram.

Sei que é grande, maior que tudo o que vejo por aqui. Mais alta que prédios, maior que montanhas, maior...
Olho o quanto sou pequena perto de uma árvore, o quanto a árvore é pequena perto de uma casa, a casa pequena no bairro. Posso andar um bairro e ver que a cidade é maior. Subo no alto de um prédio e vejo as pequenices e vejo o quanto pequeno tudo é aqui embaixo. Eu observo as nuvens, procuro desenhos e sinto a sua imensidão me invadindo. 

A imensidão me assusta e seduz, contradiz, e me diz que eu realmente não sou daqui.

E a Pedro.

Acordei imaginando a angústia que Pedro sentiu ao negar o mestre e não ter tempo de pedir perdão, ver ele ser crucificado e morto. Ele que era um dos mais próximos, que ia ao monte, que largou tudo pra viver o evangelho, perdeu toda a sua esperança. Mesmo com o próprio Jesus fazendo milagres e convivendo com eles, os discípulos ficaram tristes por três dias, esquecendo das promessas feitas, até ele ressuscitar. Devem ter sido os dias mais longos da vida deles, e de Pedro, os mais tristes. Fico pensando qual a emoção ao ser chamado para ir encontrar o mestre que ele havia negado, mas que mesmo assim o chamava com amor. 
Esse perdão além do que podemos entender ainda me faz continuar. Me sinto como Pedro, arrependido e cheio de alegria pelo amor e Graça. A Páscoa é liberdade do pecado e salvos pelo amor.
Acredito que essa data é comemorativa pelo seu significado, mas que essa chance é diária a todos, para serem melhores através do amor d'Ele. Enquanto Ele estiver com o Pai, que seu Espírito Santo se renove em nós, até o fim dessa espera.

"Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que Ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse. Mc 16:7"