terça-feira, 4 de outubro de 2011

4:15 am

Eu realmente sou um ser de hábitos diurnos, gosto muito de aproveitar o maravilhoso privilégio de ter uma casa com cama para descansar. Às vezes gostaria de dormir menos e aproveitar melhor o tempo que tenho, mas esse organismo de quem estuda o dia todo ainda não se acostumou a longos períodos sem descanso. Mas devo confessar que sou apaixonada pela noite, talvez pelas poucas vezes que faço algo nesse período.
Alguns dias atrás eu tive que levantar de madrugada, a rua deserta, as luzes dos postes acesas, um vento e o céu estrelado, com uma lua que parecia sorrir pra mim.
Muita coisa passou na minha cabeça ao mesmo tempo, lembrei da Avalanche, do culto no quintal de casa, das músicas tocadas na calçada... ótimas sensações.
Também lembrei de uma galera que estaria com frio em alguma calçada, das diversas pessoas que eu vi nos pontos de prostituição, das crianças que moram em barracos de lona. 
O mesmo vento que me dá vida é o que dá vida a eles, somos iguais, filhos de Deus sem acepção. E porque estamos tão distantes? Essa é uma longa história, de desigualdade e falta de amor. 
Vou fazendo minha parte, entre os meus devaneios escritos sobre os pensamentos de uma madrugada, entre as ações e orações.

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