quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Hoje o dia acordou nublado. Tudo meio escuro, nem queria sair de casa, mas a faculdade não pode esperar a minha vontade. Enquanto espero o ônibus fico pensando que faço para as pessoas que passam ou que estão na minha vida, ou mesmo para Deus.Como sempre acho que não é o suficiente, queria fazer mais, ter mais pro atividade, mais tempo, mais qualquer coisa que pudesse ser útil. Fechada no mundo dentro de mim, olhando meus defeitos e tudo mais, na inutilidade de não manter relacionamentos com as pessoas que também estão ali.
O ônibus chega, um bom dia pro motorista (primeira coisa boa que fiz desde que acordei) e sento lá, quieta num banco, sozinha. Do outro lado uma menininha começa a me encarar. Olhos grandes e negros, fixos em mim, ela poderia ver minha alma, tudo o que está guardado nela, mas mesmo assim ela sorriu. Senti certo incomodo, afinal, o que há de bom para olhar aqui? E com assombro descobri que posso levar alegria, mesmo sem nariz de palhaço, só por um olhar, atenção. Sem palavras, só olhando, ela mudou meu dia. Sim, eu diria que era Deus me olhando através dela. Após muitos sorrisos, um beijo mandado e ela descongelou um coração que precisava lembrar a simplicidade de ser criança.
Acredito que o Senhor fala assim, nas pequenas coisas do cotidiano. Então é ficar sensível, afinal, eu já disse que é inexplicável.

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